Desde muito jovem que contacto com o esoterismo. O acesso aos contos, mitos e lendas, rezas e esconjuros com presença pagã ainda fortíssima nas minhas vivências com os meus avós maternos nos campos alentejanos aos arredores de Serpa, fizeram com que cedo despertasse para o sagrado, para o simbólico e para o arquetípico. Conheci os tempos naturais, as sementeiras, os animais, na companhia do meu avô ao som da flauta de pastor, numa comunhão com a Terra que apenas o pastoreio pode oferecer… Aos 12 anos, conheci quem viria a ser o meu Mestre durante 2 anos, um dissidente do Colégio Druídico das Gálias, o qual me iniciou em segredo no Tarot, na Espiritualidade e na Magia. Em 1994, empreendi em dar as minhas primeiras consultas de Tarot, não mais parando desde essa altura. Completei o 12º Ano enquanto trabalhava numa serralharia e continuei, como autodidata, a munir-me de conhecimento em áreas como Metaética, Astrologia, Psicologia Junguiana, Mitologia e Simbolismo. Criei em Abril de 2006 a Templo do Tempo – Assessoria Esotérica e Formação e, em Outubro de 2020 a sua subsidiária SCIRE. Atualmente sou palestrante, ministro cursos e workshops e escrevo artigos para publicações especializadas. Nas áreas do ensino e da investigação, tento contribuir para uma maior uniformização, classificação, clareza e profissionalismo do Tarot em Portugal e no estrangeiro.
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A razão e a paixão andam a par uma da outra. Para qualquer situação na nossa vida temos de as colocar na balança e equilibrá-las. As nossas vidas e relações diárias exigem que isso aconteça permanentemente, já que nos deparamos com pessoas que têm maneiras de ser diferentes das nossas, por vezes totalmente opostas, e para que consigamos estar em harmonia com elas e connosco, é necessário que a nossa razão, juntamente com a nossa paixão se contrabalancem. Acredito que as pessoas que passam pela nossa vida, não passam por acaso. Passam por algum motivo, para aprendermos algo, para percebermos certas maneiras de ser, para sabermos quando nos devemos defender ou não, quando devemos confiar ou não, e a partir daí, a nossa maneira de ser vai-se modificando, vamos tomando atitudes e posturas que nos foram “impostas” pelas pessoas que passaram nas nossas vidas. Aprendemos muito com todas elas, e fiquem ou não nas nossas vidas, existe sempre um ensinamento a tirar ou alguma interacção a haver. Assim, com a imensidão de situações que nos vamos deparando, temos de ter sempre a razão e a paixão equilibradas, em sintonia, pois só dessa forma conseguimos tirar partido de tudo o que vamos passando. Só assim, conseguimos evoluir pessoalmente sem perdermos o controlo do “leme” da nossa vida.